ACT 2025/26 negociação, já!
A direção do Sindfer está cobrando da Vale a realização da primeira rodada de negociações do ACT 2025/26 e a extensão da data-base, como forma de garantir mais tempo para o aprofundamento das discussões. Entre as prioridades da pauta estão a elevação do piso salarial, hoje em R$ 2.120, o reajuste salarial com o INPC integral e ganho real, além do aumento do tíquete-alimentação.
Em que pese priorizar as questões econômicas, nosso foco também está direcionado às cláusulas sociais”, afirma o presidente do Sindfer, Wagner Xavier. Ele destaca, entre as reivindicações sociais, a ampliação da licença-paternidade para 30 dias, assegurando maior presença do pai nos primeiros dias de vida do filho; redução do desconto da AMS de 10% para 7%; e o parcelamento dos débitos acumulados durante afastamentos pelo INSS, atualmente feitos de uma única vez, e diversas outras reivindicações.
“A Vale vive o melhor dos mundos e reúne todas as condições para atender com folga nossa Pauta de Reivindicações”, reforça Wagner.
Segundo ele, a média da cotação internacional do minério de ferro tem se mantido, ao longo do ano, acima de US$ 100 (nesta segunda, dia 6, o minério de ferro com teor de 62% fechou a US$ 107,50; e o de 65%, a US$ 123,10).
No segundo trimestre, o desempenho foi superior em relação ao mesmo período de 2024 em todos os seus segmentos de negócio. A produção de minério cresceu 3,7% no período, com mais de 83,6 milhões de toneladas entre abril e junho. O volume recorde reflete também no escoamento do produto: a Vale prevê fechar dezembro com exportação, via Porto de Tubarão, de 82 milhões de toneladas de minério, 10 milhões a mais que em 2024.
A solidez de tamanho desempenho é tanta que não está descartado o pagamento de dividendos extras aos acionistas neste segundo semestre. “Moral da história: a Vale pode e deve atender nossas justas reivindicações. E só para inicio de conversa o recado será dado na mesa de negociação: não há menor possibilidade de retirada de direitos e benefícios dos trabalhadores e trabalhadoras”, concluiu Wagner.