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Locomotivas em chamas na EFVM: três incêndios em menos de um mês

A Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) vem sendo palco de uma sucessão perigosa de ocorrências: locomotivas pegando fogo em plena operação e em diferentes pontos da ferrovia. Em apenas trinta dias, já foram três episódios, provocando pânico entre maquinistas e aumentando a preocupação com a segurança da malha ferroviária. O que antes poderia ser visto como um incidente isolado agora revela um padrão recorrente e inaceitável. As causas ainda não foram esclarecidas, mas há suspeitas de negligência por parte de gestores das oficinas na liberação para a volta à operação de locomotivas não submetidas corretamente a parâmetros críticos de manutenção e segurança (leia mais na página ao lado).

Os riscos se multiplicam. Se uma locomotiva em chamas estiver próxima de um trem de passageiros ou de um comboio de vagões-tanque carregados de combustíveis, as consequências podem ser trágicas. Nesse caso, além do risco imediato para trabalhadores e pessoas próximas, o fogo pode se alastrar por comuni

dades ao longo da EFVM, plantações agrícolas ou, ainda, reservas ambientais e vegetação nativa, causando incêndios florestais de grandes proporções e impactando de forma devastadora o meio ambiente.

Uma tragédia dessa natureza poderia repetir, em outra escala, os dramas de Brumadinho e Mariana, não só colocando vidas em risco, mas manchando irreversivelmente a imagem externa da Vale.

 ‘’Vidas humanas, meio ambiente e a imagem da empresa não podem ser sacrificadas por descuido ou políticas de corte de custos. É urgente interromper esse ciclo de negligência antes que os eventos em série resultem numa tragédia fora de controle. É hora de dar um basta aos incêndios, investigar causas e rever o modelo de gestão, pois a redução de investimentos e o aumento do lucro não podem estar acima da segurança no ambiente de trabalho‘’

Wagner Xavier
PRESIDENTE DO SINDFER

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