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TERROR, MEDO E DEMISSÃO: TERMINAL PORTUÁRIO PRAIA MOLE

O técnico mecânico do pátio de carga geral do Terminal Portuário Praia Mole (TPM), Sandro Almeida Constantino, foi demitido pela Vale por exigir que ela cumprisse justamente o que propaga para a sociedade: “a vida em primeiro lugar”. Com cinco anos de empresa, Sandro sempre foi um trabalhador comprometido com a segurança e a integridade dos colegas, sem medo de apontar falhas e questionar práticas inseguras.

Nas reuniões de DSS (Diálogo de Segurança e Saúde), era conhecido por sua postura firme ao destacar procedimentos internos inseguros, tempos de execução incompatíveis com os protocolos de segurança, equipes com número insuficiente de trabalhadores, sobrecarga de trabalho e o consequente esgotamento físico e psicológico dos funcionários.

MEDO E SILÊNCIO | A realidade na Vale, no entanto, contrasta fortemente com o discurso institucional de segurança. Muitos trabalhadores temem perder seus empregos e, por isso, evitam denunciar irregularidades. Sandro, porém, manteve-se firme na defesa da segurança dos colegas e pagou um preço alto por isso. A empresa iniciou um processo covarde de represália: para minimizar seu impacto no grupo, retirou-o da escala da equipe e o isolou, para só então demiti-lo. Um aviso claro aos demais trabalhadores sobre o destino de quem ousa questionar.

PERFORMANCE | Para justificar a demissão, a gestão da manutenção do TPM teve a cara de pau de tentar colocar o técnico mecânico contra seus colegas de trabalho, afirmando, de forma covarde, que foram eles que alegaram que Sandro tinha “baixa performance”. Nada mais falso, uma vez que, de forma quase unânime, os próprios colegas atestam o alto grau de profissionalismo do empregado demitido. Isso só evidencia a brutal incompetência dos gestores do TPM.

OUVIDORIA | Toda essa situação já foi denunciada à Ouvidoria da empresa, mas, até o momento, nenhuma providência foi tomada. Nesta semana, Sandro procurou o Sindfer para buscar reparação pelos danos morais sofridos. O Sindicato irá reforçar a denúncia na Ouvidoria, continuará cobrando justiça e denunciando esse tipo de perseguição dentro da mineradora. Além disso, ingressará com uma série de ações judiciais buscando verbas trabalhistas sonegadas pela empresa.

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