Notícias

A CONTA CHEGOU: FATURA DAS COVARDES DEMISSÕES DO ANO PASSADO É APRESENTADA AOS TRABALHADORES

Pouco mais de um ano após as covardes demissões fortemente denunciadas pelo Sindfer, inclusive através de horário nobre de TV, a conta chegou. E chegou da pior forma possível: disseminando focos potenciais de acidentes nos locais de trabalho nas unidades da Vale e em comunidades no entorno da linha férrea. O corte de empregados do ano passado foi desproporcional à reposição da mão-de-obra. Os trabalhadores poupados dos cortes foram sobrecarregados e acionados a todo o instante, dia e noite, inclusive nos dias de folga (quando não pessoalmente, através de mensagens via whats’app). Além disso, convocações do pessoal do turnão e ADM para escalas extras na folga se institucionalizaram.


Já os maquinistas de viagem passaram a ter sua escala mensal programada desrespeitada por uma série de antecipações de horários, comprometendo o descanso, o convívio familiar, lazer, compromissos pessoais (sobretudo médicos) e mesmo a prática religiosa. Não fosse isso o bastante, a desumana prática do bate-volta entre o Espírito Santo e Minas Gerais submetida aos maquinistas deixou de ser exceção para praticamente tornar-se regra. E é justamente esse ritmo alucinante de trabalho que tem levado os empregados a um perigoso desgaste físico e psicológico, com sérias consequências para a segurança no trabalho.


“O stress, a tensão permanente e o forte cansaço tiram o foco e a atenção do empregado na execução de funções que exigem concentração máxima, comprometendo a operação segura na ferrovia, pelotização e porto“, denuncia o presidente do Sindfer, Wagner Xavier, que irá intensificar a cobrança à direção da Vale sobre o tema e já estuda a possibilidade de propor aos demais 12 sindicatos que atuam na empresa uma discussão unificada sobre questão de riscos e segurança no trabalho. Papel esse que caberia fundamentalmente ao atual e inoperante representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Vale.


A CONTA DAS DEMISSÕES
Antecipação escalas/Redução descanso
Bate-volta do maquinista na condução de trens ida e volta, Vitória-Minas-Vitória, sem direito a descanso
Convocação para escalas extras do turnão e ADM
Assédio digital permanente de trabalhadores para responderem a cursos, treinamentos e alinhamento de procedimentos
Sobrecarga de trabalho com o aumento de produção para equipes reduzidas
Stress provocado por pressão para que trabalhadores atinjam metas mesmo com o descanso e folgas comprometidos

Botão Voltar ao topo