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Negociação Coletiva: Sindfer consegue manter todos os benefícios sociais, mas recusa proposta econômica rebaixada

Em sua primeira negociação salarial do ACT nacional, a nova direção do Sindfer honrou o compromisso de campanha e interrompeu uma sequência histórica de perda de benefícios, registrada pelas mais de duas décadas da gestão anterior, e acaba de garantir na negociação deste ano a proposta de manutenção de todas as cláusulas sociais do ACT vigente.

“Em uma conjuntura pesada de perda de direitos e benefícios, inclusive entre algumas das principais e mais organizadas categorias profissionais do país, a manutenção das conquistas do ACT por si só já representa a força dessa nova gestão”, disse o presidente do Sindfer Wagner Xavier, que completou: “Não deixamos retirar nenhuma vírgula das cláusulas sociais”.

Mas se por um lado a manutenção dos benefícios representou um importante avanço, por outro, a proposta econômica provocou um estrago: a começar pelo confisco de 30% do INPC nos salários e ZERO de reajuste no cartão alimentação. Vale dizer, com um lucro bruto (Ebitda) e líquido bilionários, a proposta da Vale sequer repõe a totalidade das perdas da inflação dos últimos 12 meses provocadas nos salários e propõe repor apenas 70% das perdas do período.

“Inaceitável!”, protestou Wagner, imediatamente propondo a recusa da proposta. “Não há a mais remota possibilidade de encaminharmos essa vergonhosa proposta econômica para a categoria”, disse. “O slogan da nossa Campanha Salarial é dignidade e valorização para os trabalhadores que reergueram a Vale pós-Brumadinho”, completou Wagner. A recusa da proposta foi unanimemente apoiada pelos diretores sindicais presentes.

Imediatamente após a recusa da proposta, o presidente Wagner solicitou que a empresa repense com responsabilidade o que foi apresentado e volte com uma proposta à altura da valorização dos empregados. “Nem o Sindfer nem os trabalhadores aceitarão uma miséria dessa”, finalizou.

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