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VALE SENDO VALE

Na última negociação do ano, empresa ensaia mais um ataque em nossas conquistas. Agora, tentando elevar o gatilho para dificultar pagamento da PLR

A direção do Sindfer entrou nesta quinta-feira, 26, em sua quarta negociação deste ano. Após ter blindado com sucesso as conquistas e direitos da categoria nas negociações da PLR 2020, ACT Regional e ACT Nacional, evitando toda e qualquer perda, a diretoria teve que se cercar com todos os cuidados e foco redobrado para discutir com representantes da Vale, através de videoconferência, o modelo da PLR de 2021, a ser paga em 2022 (a PLR 2020, que será paga em março do ano que vem, foi definida pelo Sindfer e Vale em janeiro passado). Toda a atenção é pouca quando do outro lado do balcão estão os representantes da Vale. E eles não estavam ali de passeio. Era a gananciosa Vale sendo mais Vale do que nunca.

De cara, a empresa ensaiou seu principal ataque contra uma PLR plena, proporcional ao lucro que os trabalhadores produziram para a empresa: a elevação do gatilho (atualmente de 50%), tido como “frouxo” pela Vale e, segundo ela, “fácil de atingir”. O que não é verdade.

O presidente Wagner Xavier foi no ponto: “Vivemos um cenário do preço do minério de ferro, atualmente acima dos US$ 120 a tonelada. Mas quem garante que no ano que vem essa valorização se mantenha? E se o preço do minério sofrer forte queda, como fica nossa PLR? Elevar o gatilho em uma conjuntura de incertezas seria de uma irresponsabilidade monumental. E o Sindfer não irá aceitar essa manobra. Ou seja, não aceitaremos mudança no gatilho!”. A Segunda rodada de negociação ainda será definida entre o Sindfer e a Vale.

ATÉ REDUÇÃO DE TETO ENTROU NO PACOTE DE AMEAÇAS

Sem demonstrar o menor constrangimento, os representantes da Vale tiveram a cara de pau de “propor” teto diferenciado para o pessoal que trabalha em escala de 6 horas. “De cara lembrei aos negociadores da Vale sobre os cerca de 450 maquinistas de viagem, que seriam duramente atingidos com uma medida dessas, tendo o teto de sua PLR reduzido de 7 para até 5 salários”, disse Wagner Xavier. “Não assinaremos nenhum tipo de acordo que mexa com a PLR desses companheiros”, deixou claro na negociação.

Ao final da negociação a Vale se comprometeu a não reduzir os maquinistas da escala de 6 horas da base do Sindfer ES/MG, que será o mesmo pago aos trabalhadores do turno de 11 horas, da escala 7x5x2 e ADM.

RESISTÊNCIA E UNIDADE ESTÃO NA ESSÊNCIA DA BLIDAGEM DE NOSSOS DIREITOS

Não basta resistirmos. Temos que resistir e bater forte na Vale. Não basta resistir e bater forte na Vale. Temos que resistir, bater forte na Vale e estarmos unidos, organizados e mobilizados junto ao Sindfer. “Somente dessa forma iremos blindar os ataques da empresa contra nossos direitos”, disse o diretor Hector Scarpati, que participou da primeira negociação da PLR junto a Wagner.

Para Hector, somente dessa forma “iremos travar a ganância da Vale”. O dirigente atenta aos trabalhadores que a Vale, através dos gestores, tentarão fazer a cabeça da categoria. “Esse é o momento de nos mantermos firmes, confiar na direção do Sindfer e blindar nossas conquistas”, finalizou.

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