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INFLAÇÃO DOS ALIMENTOS DISPARA

por Wagner Xavier – PRESIDENTE

A crise econômica atual trouxe consigo uma combinação que atinge em cheio o bolso dos brasileiros: um grande número de desempregados e inflação de dois dígitos. Em conjunto, esses fatores reduzem o poder de compra da população, sobretudo entre os mais pobres, e dificulta cada vez mais o acesso à cesta básica medida pelo Dieese.

O valor dos alimentos é um dos fatores mais estressantes no custo de vida da população. No último ano, o Brasil enfrentou uma inflação acima dos 10%. E neste primeiro trimestre de 2022 já apresenta um cenário ainda mais pressionado pelos preços. Segundo o IBGE, em fevereiro, o IPCA acumulado nos últimos 12 meses foi de 10,54%, impulsionado principalmente pelo setor de alimentos, comprometendo o poder de compra dos brasileiros. 

A elevação do desemprego e da inflação mudaram o cardápio dos brasileiros mais pobres, que se viram obrigados a optar por produtos mais baratos. E tem sido cada vez mais frequente no país cenas de pessoas sem dinheiro suficiente para comprar alimentos disputando entre si itens rejeitados por supermercados, como produtos com a validade vencida, restos de carne e ossos.

Em 2020, a fome atingiu 19 milhões de brasileiros, conforme dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional.

A insegurança alimentar parte do princípio de que você não tem certeza de que vai conseguir se alimentar amanhã. O quadro é complexo e exige soluções multissetoriais. Precisamos resolver questões estruturais que passam por políticas públicas e privadas de geração de emprego e renda através da promoção de ações para fortalecer as atividades produtivas, além de motivar o empreendedorismo baseado no potencial de oportunidades e vocações regionais.

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