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VIDAS E PATRIMÔNIO EM RISCO

Uma das mais malditas heranças das demissões do ano passado, o bate-volta dos maquinistas funciona assim: quando o ferroviário está quase chegando ao seu destino, precisando urgentemente descansar, é obrigado a reassumir o controle de outro trem e retornar. Além do comprometimento de seu descanso, as escalas mensais que eram para ser programadas são desrespeitadas sistematicamente pelos gestores, que a modificam a bel-prazer, sobretudo antecipando o horário de apresentação do trabalhador. “Não vejo a hora de sair de férias para realmente ter direito a um descanso digno”, desabafou um empregado, cuja identidade o Sindfer preferiu manter no anonimato.


O stress gerado por jornadas extenuantes, falta de descanso e comprometimento da vida pessoal e familiar tem afetado emocional e psicologicamente os empregados e aumentando a chance de cometerem erros e acidentes, colocando em risco sua própria vida, a vida da população do entorno da linha férrea e o meio ambiente.


“A Vale tem plena consciência de que é cada vez maior o número de colegas fazendo tratamento psicológico e tendo que tomar medicação antidepressiva e para dormir”, disse Wagner. Para ele, certas chefias estão criando um ambiente propício para a ocorrência de acidentes de grandes proporções, “que podem colocar a vida dos trabalhadores e o patrimônio da empresa em risco”, denunciou, adiantando que, caso algum acidente ocorra, “o Sindicato não poupará esforços jurídicos para responsabilizar essas chefias“.

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